Tânia: atriz, leal, questionadora, sincera, irônica, exigente, fácil, radical, sensível, dura, intensa, controladora, generosa, egoísta, protetora, desapegada, aberta, ermitã, sensata e aventureira. "Sou todas em Uma" BEM VINDOS!


Oficina de teatro com Tânia Cavalheiro

TEATRO


INVADIR VIDAS

Eu observo as pessoas.

Na maioria das vezes, nem sei que estou encarando e analisando. Mas elas notam!

Quando elas se dão conta que estão sendo analisadas, encaram de volta, com aquele olhar de “o que foi?” desvio o olhar e consigo disfarçar por alguns segundos.
Para logo voltar a invadi-las.

Ontem acordei com vontade de ser freira.
Mas freira intrigueira, sabe? Que vê maldade em tudo, que enxerga abuso (onde existe apenas vontade de ajudar) e sai por aí, sem o menor pudor, espalhando que VIU o abuso acontecer... Com requintes de detalhes, obviamente. Detalhes sórdidos. Claro que alguém será julgado e condenado injustamente e nesse detalhe que “minha” freira sente o prazer maior!

Semana passada quis ser uma noviça rebelde só que mais velha que aquela que conhecemos do filme, maravilhoso por sinal.
Minha noviça chegava numa casa suja, bagunçada e cheia de crianças famintas que nunca (NUNCA) tinham escutado música e viviam sozinhas num casarão tão sujo quanto elas. Famintas, carentes e desconfiadas, tentavam matá-la no começo para depois...

Outro dia, sonhei que era uma assassina em série, que matava indiscriminadamente.
Para matar, subia num telhado e de lá atirava a esmo.
Matava inocentes com o maior prazer e se masturbava quando lembrava o sofrimento de suas vítimas e de seus familiares.
Quando pensava na dor dessas famílias, o seu gozo era pleno.
Não era nenhum trauma de infância, não: só loucura mesmo.

Hoje quero viver uma mulher de meia idade recalcada, mal amada, que faz de tudo para separar pessoas felizes, que isso é uma afronta.
Precisa separá-las para não se sentir tão só. A dor alheia a faz menos infeliz, entende? Faz fofocas bem elaboradas, conta mentiras e em seu rosto existe tal verdade que ninguém desconfia. Mente olhando nos olhos, segurando as mãos firmemente.
À noite, sozinha em seu quarto emprestado por piedade, chora abraçada à foto do único homem que amou e – claro! - a rejeitou.

Amanhã sei que vou querer ser uma prostituta velha, realizada e feliz em sua carreira de mil amigos conquistado ao longo anos de confidências feitas nas camas de colchões ralos, onde muitas vezes nem rolou o sexo pelo qual ela sempre recebeu seu pagamento.

Posso ser uma ninfomaníaca, uma mulher cheia de TOCS. Ou uma guerrilheira. Uma favelada paupérrima que vende os melhores quindins do mundo para a melhor confeitaria da cidade. Quem sabe uma dona de casa certinha e castradora? Ou uma musicista que compõe a música mais bela de todos os tempos! Ou um mendigo que declama poesias de Vinícius... Posso ser um palhaço, um bêbado...

É essa a beleza de ser atriz!
Tudo é possível. Posso ser o que eu quiser, sem perder minha essência.
Depois, não sem alguma sensação de perda, é só voltar a vestir a minha pele e seguir
sendo o que sou.

É por isso que invado vidas.

O que sou realmente? Acha que eu sei?




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Esta página está em permanente construção, para  que, encontres aqui TEXTOS TEATRAIS, informações de PEÇAS EM cartaz, CURSOS, etc...

Espero que curtam!
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Esta peça é meu xodó!
Nem precisa perguntar porquê, né?
rsrsrsrs.....
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"O teatro é a poesia que sai do livro e se faz humana."
(Federico García Lorca)

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                 Peças das quais participei:

1997 - "O Bar do Zé". Direção: ZÁ ADÃO BARBOSA

                                                Na foto comigo: Ana Paula Valdez.               
No mesmo ano: "A ESPERA"...

E mais "O DESPERTAR DA PRIMAVERA"...

Peças das quais infelizmente, não tenho nenhuma foto...snif!
(Se alguém tiver, agradeceria muito se me passesse).

1997 - "UM AMIGO NA LOUCURA".
Direção: NORMA DUARTE.

Fiz uma mendiga que me foi dada de presente e amei!



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"Tem Quintana na Casa".
Este trabalho foi uma homenagem pelo aniversário de Mario Quintana.
Os atores ficavam em cena preparando QUINDIM,
o doce preferido do nosso poeta...Pena que muita gente não entendeu o que os atores estavam fazendo...




Direção: BOB BAHLIS.
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"HÁ TEMPOS" baseada em textos de Fabrício Carpinejar.

Elenco: Tânia Cavalheiro, Luciana Domiciano, Mariana Del Pino, Vanessa Prudêncio, Alice Comassetto, Leo Bello, Pingo Alabarse, David Borba, Emílio Farias, Morvan e Átila.
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"A FUGA" - Uma história real!


Monólogo escrito, dirigido e interpretado por mim.
Trata da violência contra a mulher e da coragem que a protagonista teve, em 1910 de fugir do marido, levando 8 dos 11 filhos.

Esta peça foi escolhida pelo Memorial Glênio Peres e cumpriu temporada de 3 meses no teatro da Câmara.


28 de abril de 2011 estará em cartaz no
anfiteatro do Clube Sogipa!

Tenho mais 3 peças quase prontas...
Estou pensando no elenco!

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2011- Um fim de semana cheio de arte...
E vou ter o privilégio de estar lá, apresentando a
peça "A FUGA".



Venha, participe, divirta-se, fotografe...IMPERDÍVEL!
Fui...foi uma experiência inesquecível...